Dr. Bitu, médico e ex-prefeito, responsável pela reconstrução da cidade nesse período, conta pra gente um pouco do que foi vivenciado
Foto: Arquivo pessoal
Eram passados 15 dias do mês de março de 1963, quando a cidade foi inundada, após o rompimento da barragem de um açude de propriedade de Chico Ferreira, localizado no distrito de Assunção. Após 10 dias de muita água rolando, com a "tragédia" já estabelecida, assumia a gestão municipal o médico Dr. Bitu dos Santos, que trabalhou arduamente para a reconstrução da cidade.
O ex-prefeito relembra os detalhes deste acontecimento. "Cedro era protegido por uma barragem onde hoje fica a Avenida Joaquim Alves dos Santos, os açudes arrombaram e a barragem foi completamente destruída. Cedro recebeu uma inundação muito grande. Eu tomei posse na prefeitura 10 dias após o corrido, com a missão de recuperar a cidade. Contei então com o apoio do governador Virgílio Távora e do Dr. Liberato Moacir de Aguiar".
A reconstrução da cidade foi um grande desafio. "A enchente afetou a área comercial, casas e a prefeitura. No local onde está a Zenir, a água chegou a 1,70m. O comércio teve grande prejuízo, o calçamento foi destruído e precisei fazer novamente toda a pavimentação da cidade. O gabinete do prefeito e o das demais autoridades foram improvisados em nossas casas, por conta da enchente. Para resolver a questão fui duas vezes à sede da Sudene, em Recife, até conseguir a construção do Dique de Proteção ao Cedro, que ainda hoje está ativo e protegendo a cidade".
A enchente de 2022
Em março de 2022, outra enchente entrou para a história de Cedro. Sobre essa situação, o ex-prefeito e médico se diz confiante com o poder público estadual e com o atual prefeito. "Joãozinho é um político que eu admiro pela vontade ferrenha de prestar serviço. Hoje temos uma época diferente, para conseguir recursos, mas eu acredito que o nosso prefeito, com o apoio de Dr. Nilson e do Governador Camilo, vai recuperar tudo isso, se Deus quiser", declara otimista o Dr. Bitu dos Santos.