Ação faz parte da campanha Agosto Lilás
A população que esteve no centro comercial do município na manhã da terça-feira (29/08) notou uma grande mobilização com faixas, cartazes e distribuição de panfletos com a proposta de conscientizar a população para o fim da violência contra a mulher. Por meio da equipe do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), Centro de Referência de Assistência Social (CREAS), escolas da rede municipal e estadual, além de equipes da Secretaria de Assistência Social, a ação promovida pela Prefeitura tomou conta das ruas e contou com estudantes, mulheres e a adesão da população.
Durante o mês de agosto, Cedro realiza ações de alertam a população para o fim da violência contra as mulheres e ainda comemorar os 17 anos da Lei Maria da Penha, celebrada no dia 7 de agosto. A Delegacia da Polícia Civil está à disposição das mulheres, a Polícia Militar também atua nas ocorrências. E o CREAS realiza acolhimento, orientação, acompanhamento psicológico, jurídico e social, incluindo um grupo de acompanhamento de fortalecimento a mulheres que sofreram algum tipo de violência, mesmo que ela não esteja sofrendo naquele momento.
O prefeito Joãozinho de Titico esteve na mobilização e ressaltou o apoio da gestão municipal para atender às mulheres vítimas de violências. "O momento é de prestar apoio. Que essa palavra chegue a todas as mulheres. Em Cedro temos espaços adequados para recepcioná-las e encaminhá-las. São diversos equipamentos na Assistência Social para receber as mulheres. Temos toda a atenção e a condição de apoiar, com nossa equipe, nos instantes difíceis. A principal ação é o enfrentamento em defesa da mulher. Então, contem conosco".
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Cedro, Sueywanni Ribeiro, falou sobre o objetivo das atividades. "É mostrar que o dever de todos é lutar contra a violência contra a mulher e celebrar os 17 anos da lei Maria da Penha. A campanha deste ano traz como tema: 'Violência contra a mulher, ignorar faz de você cúmplice desse crime'. É muito importante reforçar essa ideia a todos, porque a violência não atinge só as mulheres, mas a família. A violência pode ser física, psicológica, moral, sexual, patrimonial ou "stalkear", isto é, perseguir a mulher nas redes sociais".
Sueywanni Ribeiro, explica as ações realizadas durante o mês de agosto. "Trabalhamos com diversos grupos da assistência, serviço de convivência, nos CRAS e nas escolas com os adolescentes, trazendo à tona essa discussão para que, desde cedo, eles possam estar conscientes do seu papel na prevenção e na proteção à mulher. Foram realizadas rodas de conversas, oficinas e a confecção de cartazes para internalizar melhor o combate à violência. O fortalecimento das ações acontece na prevenção realizada nos CRAS dos grupos de mulheres, no grupo de acompanhamento a mulheres vítimas de violência no CREAS, que atende, acolhe e esclarece que a mulher é sujeita de direitos, ela não mereceu passar por isso. A vítima nunca é culpada, e é possível mudar essa situação".
O delegado de Polícia Civil, Dr. Gomes, reforça que a Delegacia está de portas abertas, destacando a importância da mobilização. "Aqui estamos para receber e atuar da melhor forma possível, sabendo que a mulher é vítima e será bem tratada e acolhida. Mas, o mais importante é a pessoa entender que ela está numa situação de violência doméstica. Ela precisa entender que é vítima da violência patrimonial, moral, física, psicológica. Se você não souber que é vítima, como comunicar à Delegacia? Esse reconhecimento é o primeiro passo, e o Estado precisa explicar às mulheres essas violências. Para as crianças precisamos repassar o valor básico contra todo tipo de crime, para que, quando ela crescer, não os cometa".