Ação visa a criar estratégias e ações claras para o acolhimento
Foto: Marcos Rodrigues
Trazer aos municípios a necessidade de discutir amplamente com a rede de assistência como se portar diante de uma demanda de violência, de violação de direitos em relação à criança e ao adolescente é premissa que deve ser observadas para os que buscam atender com qualidade o público infantojuvenil, conforme preconiza o selo Unicef. A Prefeitura de Cedro apresentou quinta-feira (20/04), na sede do Senac, o protocolo e o fluxograma para ampliar os atendimentos em diversos setores da sociedade.
A Assistente Social da Secretaria do Trabalho e Assistência Social, Sueywanni Ribeiro, falou sobre a importância destas ações. "A lei 13431 aponta a necessidade de evitar revitimização, isto é, que a criança ou adolescente conte a mesma história várias vezes, pois isso acarreta vários danos psicológicos, além de possibilitar que, em determinado momento, a vítima ou testemunha se canse e comece a negar o ocorrido. É importante que os profissionais estejam afiados em relação à necessidade deste acolhimento, aptos a receberem esta demanda em um livre relato feito para o profissional que a criança ou adolescente tiver confiança, seja uma situação de abuso sexual ou qualquer outro tipo de violência. Além do mais, precisa ter a capacidade de preencher o instrumental com essas informações".
Sueywanni Ribeiro também falou sobre o objetivo do Selo Unicef com esta ação. "Estimular a discussão do ECA e da lei 13431 nos municípios para a criação de estratégias exequíveis para o acolhimento da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violências. Sabemos que o ECA é um importante marco na sociedade brasileira para proteção à criança e ao adolescente, mas ao longo dos anos tem sofrido ofensivas com a redução da oferta de políticas públicas de proteção, prevenção de violações de direitos e violências, o que corrobora o aumento excessivo de violências físicas, sexuais, maus tratos e as demais violências".