Tema foi abordado de maneira lúdica por profissionais da educação em busca de conscientizar e informar crianças, adolescentes, responsáveis e sociedade em geral
Foto: Marcos Rodrigues
Como parte das atividades relacionadas ao Maio Laranja e ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual e Comercial de Crianças e Adolescentes, a Prefeitura de Cedro, por meio da Secretaria de Educação, apoiou atividades lúdicas com as crianças de duas creches da rede municipal de ensino - o Centro de Educação Infantil (CEI) Maria Marilene Alves Diniz e o Centro de Educação Infantil (CEI) Rosalina Otaviano Dias.
A data, 18 de maio, foi escolhida porque em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o país, o "Caso Araceli". Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade, que foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta daquela cidade. O crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune. A proposta da campanha é destacar a data para mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes.
Ações nas escolas
A diretora Cecília Viana, do Centro de Educação Infantil Maria Marilene Alves Diniz, reforça a importância da campanha. "Ela vem para afirmar que toda criança e adolescente tem de desenvolver sua sexualidade de forma segura, protegida e livre do abuso e da exploração sexual e que é importante mostrar e esclarecer desde cedo para que não tenha mais crianças passando por esse tipo de abuso. Convoco as famílias, escolas, sociedade civil, instituições, igrejas e universidades, pra assumir o compromisso de enfrentar a violência sexual."
Cecília Viana também detalha as atividades e agradece a gestão pelo apoio. "Trabalhamos com muita seriedade e responsabilidade, de maneira lúdica, as professoras falaram brilhantemente sobre um assunto sério, mas de forma leve, suave, com semáforos de cores, viseira, plaquinhas, mural para foto e uma história belíssima "O segredo da Tartanina". Agradeço a gestão de Joãozinho de Joãozinho de Titico e Ana Nilma, a nossa secretária Regina por todo suporte que recebemos, agradeço nossas estrelas (professoras) e a toda nossa equipe que é totalmente comprometida".
A Professora Zuleide Lopes, (de qual CEI?) reforça que em sala de aula o tema é delicado, por isso, é tratado de forma lúdica. "Esse trabalho que a gente faz nas escolas com as crianças é muito delicado, mas a gente trabalha de forma lúdica, para que eles possam entender e se proteger. Que eles possam pedir ajuda a alguém que também possa oferecer essa proteção".
No Centro de Educação Infantil (CEI - Rosalina Otaviano Dias), a professora Verônica Leandro, conta como foram as atividades. "Fizemos atividades lúdicas e informativas, utilizando o semáforo do toque e um poema da professora Aniele Lima, mostrando através de colagem de bolinhas idas cada parte onde pode tocar, locais de atenção e onde não tocar. Reforçando com música também as partes do nosso corpo que só podem ser tocadas com nossa permissão e se algum toque as deixar tristes ou com raiva tem que comunicar para uma pessoa responsável, mamãe, papai ou professora. Também entregamos um livro para reforçar o assunto em casa, com os pais".
Estudantes do 4º ano da Escola Francisca de Jesus Cavalcanti, compartilharam um vídeo sobre o tema e utilizando a frase "Corpo tem limite, me respeite", sob orientação da professora Ely Morais.